Nas velhas folhas, hoje...
Nas velhas folhas, hoje amarelas,
Deste meu fiel caderno de versos,
São tantas notas aqui registradas,
São tantos sonhos do meu universo.
São tantas dores e contos de fadas;
São linhas simples, poemas complexos.
Nas entrelinhas, histórias contadas
Nos cantos rubros da alma, os reflexos.
E da janela, agora entreaberta,
O senhor vento as folhas devolve.
Sopra os meus versos de forma incerta;
E enquanto da ala a poeira a poeira remove,
Tantas lembranças em mim me desperta.
Que em meus sonhos, de novo me envolve.
Jorge Linhaça












